Dos extremos
Tenho saudades de gente. Da minha Mãe, dos meus irmãos, dos meus amigos. Sou de abraços, e jantares, e convívio e pessoas à volta. Coisas simples, que eram recorrentes e, achava eu, obvias.
Mas, curiosamente (ou não), tenho muitas saudades de silêncio. tenho muito poucos (ou nenhuns quase) momentos sozinha, só para mim. E isso também faz falta. Coisas simples como ir a conduzir de manhã para o trabalho a ouvir a minha musica. Ir ver o mar. Ir dar uma volta no shopping (mesmo sem comprar nada!).
Acredito que haja muita gente a passar mal nestes dois extremos - entre a solidão e a falta dela vai um grande caminho, mas esta quarentena tem sido de extremos em tudo.
Não podemos fazer grande coisa sem ser ficar em casa, e esperar por dias melhores. Mas, quando eles vierem (e hão de vir), prometo nunca mais tomar nada destas coisas "simples" por adquiridas. Pois são um privilégio.