Estava no cinema, a ver um grande filme por sinal (o Jobs. Muito bom. Recomendo!).

No intervalo fui às pipocas e tinha o whats app aos saltos - tinha havido um atentado em Paris. A entrar de volta no cinema estava tão perplexa que até tropecei e mandei metade do balde ao chão.

Como assim, em Paris? Aqui ao lado? A minha segunda cidade, onde mora a minha A., para onde estava para ir esta semana... 

E desde sexta que sinto um desconforto estranho, e penso várias vezes "o que é este mundo?"

Apertei bem o T. quando chegámos a casa, aconcheguei-o melhor, reconfortei-me na respiração pesada do seu sono inocente, alheio a tudo isto, a este mundo onde nasceu...

É ridiculo ficar mais em estado de choque só porque é perto, só porque conheço lá gente, só porque me diz mais que Beirut, ou Baghdad, onde também houve ataques bombistas... 

A verdade é que é horrível em qualquer parte do mundo... porque não faz sentido nenhum, é violência gratuita, baseada em crenças extremistas e que nenhuma religião professa se for interpretada de forma pura e verdadeira. 

Encontro algum conforto na educação que estou a tentar dar ao meu filhote.

Na ideia de que ele, e a geração dele, irão fazer deste mundo um sítio melhor que nós temos feito, na ideia de que os princípios da républica francesa servirão de base para o futuro - Liberté. Egalité. Fraternité.

#prayforParis #prayForTheWorld